northern ponds for whom? part 1
This is the question that residents of Avenida Boa Esperança in the northern part of Teresina have been asking themselves since the 2000s, when the city of Teresina began to remove people from their homes for the Lagoas do Norte Project. The project has already gone through its first phase and now residents are concerned about future evictions.
“50 years is not 50 days”, “Firmino and his project took the peace of my home with the threat of expropriation”, these are one of the many phrases that the population painted on the door of their houses to send a message to the mayor and the Lagoas do Norte project.
It is very important to realize that in addition to the concern with the houses, they are also concerned with nature. With the pollution and with the trees that will be cut down because of the second phase of the project and with the animals that are at risk of disappearing from the place.
In November 2016 we spoke with Maria Lúcia Oliveira Souza who told us about the community's struggle to stay strong in the face of so much disrespect and cruelty to its history.
Check out the first part of the interview.
BOI TOURO DA ILHA
O grupo de Bumba Boi Touro da Ilha foi formado por brincantes do Bumba-Meu-Boi Estrela Dalva e Dominador do Sertão, ambos também gerados nessa zona da cidade. O batalhão foi originado e segue sob o comando de Mestre Chiquinho.
Apesar de se concentrar nos meses de junho e julho, as atividades do Bumba-meu-boi Touro da Ilha dura o ano inteiro. No sábado de Aleluia é o nascimento do boi. O grupo se reúne, reza um terço e os encontros do batalhão começam logo em seguida. É o momento de ensaiar as coreografias, aprender novas toadas e rememorar as antigas. Na fogueira de São João, 23 de junho, o boi é batizado. Os padrinhos e madrinhas benzem o brinquedo e o grupo. Entre agosto e setembro o boi é morto em uma grande festa-ritual.
Matracas, chiadeiras, maracás e pandeiros de couro animam a brincadeira. Dança, canto e teatro se misturam. Caboclos de pena e caboclas de fita guiam o grupo nas suas apresentações pelas ruas da cidade.
A região, berço negado da nossa capital e da cultura do Bumba-Meu-Boi, vive em resistência sob constantes ameaças do poder público e privado de tentativas de desapropriação, além de todo o desamparo estrutural em saúde, educação e lazer.