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Foto do escritorCentro de Defesa

A luta da comunidade de Boa Esperança durante a pandemia de COVID-19


São cerca de 3 mil famílias que enfrentam a crueldade do desenvolvimentismos do modelo de cidade patrocinado pelo Banco Mundial, onde as famílias são desapropriadas dos seus modos de vida ribeirinhos para dar lugar ao progresso predador.


Mesmo durante a pandemia as famílias estão sofrendo assédios para sair de suas casas. Assim, o que está ruim ficou pior, pois ficamos abandonadas pelos poderes públicos municipal e estadual, onde a gente teve que fazer solidariedade de classe entre nós mulheres pra que a gente não morresse de fome e nem por um vírus desconhecido que a gente teve que carregar em nossos corpos.


O Rio Parnaíba é o quintal de muitos dos moradores da Boa Esperança, que buscam na pesca seu sustento e alimento | Foto: Caê Vasconcelos/Ponte Jornalismo



É assim, que as famílias da comunidade Boa Esperança, que hoje lutam pelo seu reconhecimento enquanto Quilombo, gritam "Lagoas do Norte Pra quem?", "Cidade Pra Quem?" e "Desenvolvimento Pra Quem?". É pelos laços comunitários que essas famílias lutam para sobreviver diante da pandemia de coronavírus. Muitas famílias adoeceram e não receberam nem testes e nem remédios, tendo que retirar dos parcos bolsos ou fazer colaboração, a chamada "vaquinha", entre os conhecidos, para conseguir o dinheiro e campanhas de solidariedade. As famílias no Quilombo da Boa Esperança resistem em suas ancestralidades afro e indígenas.


Maria Lúcia Oliveira, vice-presidente do Centro de Defesa Ferreira de Sousa e liderança comunitária frente as desapropriações das moradias do Programa Lagoas do Norte em Teresina.


Originalmente publicado em: https://landportal.org/pt/blog-post/2020/09/luta-da-comunidade-de-boa-esperança-durante-pandemia-de-covid-19?fbclid=IwAR3n6QckJWhHCjYyXM_uT8irJgysOQTHTGbJSN5ZoRMA0AWFUhA4O69sFDE

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